O que a Aymoré e a Pepsi têm em comum?
Pepsi fez algo parecido com a mudança de Aymoré para Uaimoré
Aymoré, tradicional marca de biscoitos de Minas Gerais, mudou sua identidade no último mês para Uaimoré, uma clara homenagem aos mineiros. Homenagem mais do que justa, pois é a marca líder na categoria do estado.
A marca, que nos anos 2000 passou a ser controlada pela Danone e ambas posteriormente pela Arcor, prevê oferecer seus produtos aos mineiros como Uaimoré por mais 4 meses. Além da mudança do nome na embalagem, a campanha que a anuncia tem a assinatura “O Aymoré que você sempre amou, agora com um toque de Uai.” E ainda com o “Orgulho de ser mineiro.”
Ok, mas o que isso tem a ver com a Pepsi?
Essa estratégia de posicionamento, de explorar a proximidade com o consumidor como atributo, foi utilizada pela Pepsi na Argentina há alguns anos. Baseando-se no fato que muitos argentinos falam Pecsi, isso mesmo, com C no meio, e não Pepsi, a gigante norte americana de bebidas e alimentos também mudou sua logo nas embalagens do refrigerante conforme a pronúncia dos hermanos.
À primeira vista, uma mudança em como chamar o produto ou a marca causa muito estranhamento e, por isso mesmo, chama muito atenção. Essa mudança chegar ao próprio logo é algo até arriscado. Uma ação de marketing muito ousada. No caso da Pecsi, foi bem divertida também.
Confira no vídeo abaixo:
Tanto a Aymoré como a Pepsi apostaram em estar mais próximos de seus consumidores, em mostrar que fazem parte do mundo particular deles, da cultura deles e que valorizam isso. São dois ótimos exemplos de um antigo mantra do marketing que diz “pense globalmente e atue localmente.”
Ambas ações promocionais foram muito bem recebidas pelos seus públicos-alvo e é mais uma forma de buscar diferenciação em mercados tão competitivos, nos quais não basta mais apenas investir e avisar os consumidores que aquele seu produto tem uma embalagem nova com novo design. A mudança na embalagem envolveu também o conteúdo, não do produto, mas da mensagem, de como a marca se posiciona, como se apresenta e quer ser percebida.
Melhor ainda seria se a Uaimoré voltasse a ter sua fábrica na beira da estrada que liga Belo Horizonte a São Paulo, em Contagem. Seria mais um poderoso argumento de venda, aquele delicioso cheiro de biscoito que invadia a janela do carro ao passsar por ali na infância.
Assista também a outros filmes da campanha da PeCsi na Argentina:
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